"O que para uns é alimento, para outros será um veneno violento."(Lucrécio)

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domingo, 15 de novembro de 2009

Perturbações metabólicas

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O metabolismo constitui o meio pelo qual o organismo processa as substâncias necessárias para desempenhar as suas funções. Este processo pode ver-se alterado por diversos problemas causados, muitas vezes, por anomalias genéticas que provocam a ausência de enzimas específicos necessários para a estimulação dos processos metabólicos. Dependendo da perturbação, os efeitos podem ser graves ou moderados.



Problemas do metabolismo dos hidratos de carbono
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Os hidratos de carbono são açúcares. Muitos destes açúcares, além das conhecidas glicose, sacarose e frutose, encontram-se presentes nos alimentos. Alguns, como a sacarose, devem ser processados (metabolizados) por enzimas do organismo antes que possam ser utilizados como fonte de energia. Se os enzimas necessários para os processar não estiverem presentes, estes açúcares podem acumular-se, provocando problemas.

A galactosemia (valor elevado de galactose no sangue) é habitualmente provocada pela falta de galactose 1-fosfatouridiltransferase, um dos enzimas necessários para a metabolizar. Este problema surge desde o nascimento.

Um em cada 50 000 ou 70 000 bebés nasce sem este enzima. O recém-nascido parece normal ao princípio, mas ao fim de alguns dias ou semanas começa com perda de apetite e vómitos, além de icterícia e um crescimento anormal. O fígado aumenta de tamanho, aparecem quantidades excessivas de proteína e aminoácidos na urina, os tecidos inflamam-se e o corpo retém água. Se o tratamento se atrasar, as crianças afectadas apresentam uma estatura baixa, sofrem atraso mental e podem sofrer de cataratas. Na maioria dos casos desconhece-se a causa destes sintomas.

Presume-se que a galactosemia existe quando as análises de laboratório detectam galactose e galactose 1-fosfato na urina. O diagnóstico é confirmado pela ausência de galactose 1-fosfatouridiltranferase nas células do sangue e do fígado. Se o médico ou os pais apresentam, com preocupação, a possibilidade de galactosemia porque um familiar sofreu deste problema, esta pode ser diagnosticada ao nascer mediante uma análise ao sangue.

O leite e os produtos lácteos, fontes de galactose, devem ser eliminados completamente da dieta da criança afectada. A galactose também se encontra em algumas frutas, verduras e produtos do mar, tais como algas marinhas, que também devem ser evitados. No entanto, ainda não se sabe se as pequenas quantidades presentes nestes alimentos podem provocar problemas a longo prazo.

Uma mulher portadora de um gene que provoque este problema deve eliminar completamente a galactose da sua alimentação durante a gravidez. Se tiver um valor elevado de galactose, esta pode passar para o feto e provocar-lhe cataratas. As pessoas que tenham este problema devem restringir a ingestão de galactose durante toda a sua vida.

Se a galactosemia for adequadamente tratada, a maioria das crianças não sofre atrasos mentais. No entanto, o coeficiente de inteligência (CI) da criança afectada é mais baixo do que o dos seus irmãos e, frequentemente, tem dificuldade em falar.

As crianças têm muitas vezes um mau funcionamento (disfunção) ovárico durante a puberdade e durante a idade adulta e só algumas são capazes de conceber naturalmente.

As doenças por armazenamento de glicogénio (glicogenose) são um grupo de problemas hereditários provocados pela ausência de um ou mais dos enzimas necessários para converter o açúcar na sua forma de armazenamento, o glicogénio, ou para o converter novamente em glicose e ser utilizado como energia. Nas doenças relacionadas com o armazenamento de glicogénio, são depositados diferentes tipos ou quantidades anormais de glicogénio nos tecidos do organismo, principalmente no fígado.

Os sintomas são provocados pela acumulação de glicogénio ou seus derivados, ou então pela incapacidade de produzir glicose quando é solicitada. A idade em que se manifestam os sintomas e a gravidade dos mesmos variam consideravelmente de uma doença para a outra, devido ao facto de diferentes enzimas serem afectados em cada uma delas.

O diagnóstico faz-se examinando uma amostra de tecido, normalmente muscular ou hepático, que determina a falta de um enzima específico.

O tratamento depende do tipo de doença de armazenamento de glicogénio. Para muitas pessoas, a ingestão de várias refeições ricas em hidratos de carbono por dia facilita a prevenção de baixos valores de açúcar no sangue (glicemia). Para algumas crianças, a maisena crua de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas durante o dia também pode aliviar o problema. Por vezes são administradas soluções de hidrato de carbono durante toda a noite, através de uma sonda que chega ao estômago.

As doenças de armazenamento de glicogénio têm tendência para provocar a formação de ácido úrico, um produto residual que pode provocar gota (Ver secção 5, capítulo 52) e cálculos renais (no rim). (Ver secção 11, capítulo 128) Muitas vezes é necessário um tratamento com medicamentos para evitar a sua acumulação. Em alguns tipos de doença de armazenamento de glicogénio, as crianças devem limitar a sua actividade física para reduzir as cãibras musculares.

A intolerância hereditária de frutose é um problema hereditário pelo qual o organismo não pode utilizar a frutose devido à ausência do enzima fosfofrutoaldolase. Em consequência, a frutose 1-fosfato, derivado da frutose, aumenta no organismo, interferindo na formação de glicogénio e na sua conversão em glicose para ser utilizada como energia.

Ao ingerir quantidades significativas de frutose ou de sacarose (açúcar de mesa), esta fragmenta-se no organismo, originando frutose e produzindo valores escassos de açúcar no sangue (hipoglicemia), além de suor, tremores involuntários, confusão, náuseas e vómitos; por vezes, dor abdominal, convulsões e estados de coma. A lesão renal e hepática e a deterioração mental podem produzir-se se a pessoa continuar a ingerir alimentos que contenham frutose.

O diagnóstico confirma-se examinando uma amostra de tecido hepático, com o qual se determina a falta do referido enzima. Os médicos também avaliam a resposta do organismo à administração de frutose e de glicose por via endovenosa. Os portadores (pessoas que têm um gene para um problema mas não sofrem dele) podem ser identificados mediante uma análise de ADN (material genético) comparado com o de quem sofre desta doença e também com o de quem não sofre dela.

O tratamento compreende a exclusão de frutose (normalmente presente em frutas doces), sacarose e sorbitol (substituto do açúcar) da dieta. Os quadros (ataques) de hipoglicemia tratam-se com comprimidos de glicose, um elemento que quem tem intolerância hereditária à frutose deve trazer sempre consigo.

A frutosúria é um quadro indemne pelo qual a frutose é excretada na urina. É causada por uma deficiência hereditária do enzima frutocinase. Uma em cada 130 000 pessoas, na população geral, sofre desta afecção. A doença não provoca nenhum sintoma, mas o elevado valor de frutose no sangue e na urina pode conduzir a um diagnóstico errado de diabetes mellitus. Não é necessário tratamento.

A pentosúria é uma doença inócua, caracterizada pela excreção de xilulose na urina, devida à ausência do enzima necessário para processar este açúcar.

Esta afecção produz-se, quase exclusivamente, na população judaica (a título informativo, nos Estados Unidos, 1 em cada 2500 judeus sofre dela). A pentosúria não provoca problemas, mas a presença de xilulose na urina pode conduzir a um diagnóstico errado de diabetes mellitus. Tão-pouco é necessário tratamento.


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Tipos e características das doenças por depósito de glicogénio
Nome Órgãos afectados Sintomas Enzima que falta
Tipo O Fígado, músculo. Fígado dilatado, com acumulação de gordura dentro das células hepáticas (fígado gordo). Crises de baixos valores de açúcar no sangue (hipoglicemia) em jejum. Glicogénio sintetase.
Doença de Von Gierke (tipo IA) Fígado, rins. Fígado e rins dilatados. Crescimento atrasado. Valores muito baixos de açúcar no sangue. Valores anormalmente elevados de ácido, gorduras e ácido úrico no sangue. Glicose-6-fosfatase.
Tipo IB Fígado, glóbulos brancos. Semelhante ao que acontece na doença de Von Gierke, mas pode ser menos grave. Escassa quantidade de glóbulos brancos. Infecções orais e intestinais recorrentes. Glicose-6-fosfato-translocase.
Doença de Pompe (tipo II) Todos os órgãos. Fígado e coração dilatados. Glicosidase lisossómica (vários tipos).
Doença de Forbes (tipo III) Fígado, músculo, coração, glóbulos brancos. Fígado dilatado. Baixos valores de açúcar no sangue. Lesão muscular em algumas pessoas. Sistema de enzimas desramificantes.
Doença de Andersen (tipo IV) Fígado, músculos,a maioria dos tecidos. Cirrose no tipo juvenil. Lesão muscular e problemas cardíacos no adulto (manifestação tardia). Sistema de enzimas ramificantes.
Doença de McArdle (tipo V) Músculo. Cãibras musculares durante a actividade física. Fosforilase muscular.
Doença de Hers (tipo VI) Fígado. Fígado dilatado. Crises de diminuição de açúcar no sangue em jejum. Muitas vezes, não se manifestam sintomas. Fosforilase hepática.
Doença de Tauri (tipo VII) Musculosquelético,glóbulos vermelhos. Cãibras musculares durante a actividade física. Destruição de glóbulos vermelhos (hemólise). Fosfofruto-quinase.



Problemas do metabolismo do piruvato
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O piruvato forma-se ao processar carbo-hidratos, gorduras e proteínas. Os problemas hereditários relacionados com o processamento do piruvato podem provocar uma ampla variedade de problemas.

O piruvato é uma fonte de energia para as mitocôndrias, componentes celulares geradoras de energia. (Ver imagem da secção 1, capítulo 1) Um problema relacionado com o metabolismo do piruvato pode perturbar a sua função, provocando qualquer variedade de sintomas, como dano muscular, atraso mental, aumento do ácido láctico, que origina um excesso de ácido no organismo (acidose) (Ver secção 12, capítulo 138) ou falhas no funcionamento de um órgão, como o coração, os pulmões, os rins ou o fígado. Tais problemas podem aparecer em qualquer momento desde a infância ao estado adulto. O exercício físico, as infecções ou o consumo de álcool podem piorar os sintomas, provocando acidose láctica grave, com cãibras musculares e debilidade.

A carência do complexo piruvatodesidrogenase, grupo de enzimas necessários para processar o piruvato, origina valores insuficientes de acetilcoenzima A, um elemento essencial para a produção de energia. Os sintomas principais podem ser actividade muscular lenta, coordenação escassa e problemas de equilíbrio graves que praticamente impedem de andar. Além disso, também podem surgir ataques, atraso mental e deficiências cerebrais. Este problema não tem cura, mas uma alimentação com alto teor de gorduras é útil para certos doentes.

A ausência do enzima piruvatocarboxilase interfere ou obstrui a produção de glicose no organismo. O ácido láctico e as acetonas (Ver secção 13, capítulo 147) acumulam-se no sangue, provocando náuseas e vómitos. Esta doença é frequentemente mortal. A síntese de aminoácidos, componentes básicos das proteínas, também depende deste enzima. Quando este falta, a produção de neurotransmissores (substâncias que transmitem impulsos nervosos) vê-se reduzida, derivando numa variedade de sintomas neurológicos, incluindo o atraso mental grave. Os baixos valores de açúcar (hipoglicemia) e o aumento de ácidos no sangue (acidose) podem ser aliviados mediante a ingestão de alimentos ricos em hidratos de carbono, mas não existe nenhum meio de repor a ausência de neurotransmissores nos sintomas neurológicos. Uma alimentação restringida em proteínas pode ser útil em algumas pessoas com doença mais ligeira.



Problemas do metabolismo dos aminoácidos
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Os aminoácidos, pilares básicos das proteínas, desempenham diversas funções no organismo. Os problemas hereditários do processamento de aminoácidos podem ser devidos a deficiências tanto no processamento dos mesmos como no seu transporte para as células. Muitos destes problemas, incluindo a fenilcetonúria, foram identificados. Em alguns países, protegem-se os recém-nascidos da fenilcetonúria e também de outros problemas metabólicos.

Fenilcetonúria

A fenilcetonúria (FCU, fenilalaninemia, oligofrenia fenilpirúvica) é um problema hereditário no qual o enzima que processa o aminoácido fenalanina se encontra ausente, provocando um valor alarmantemente alto de fenilalanina no sangue.

A fenilalanina transforma-se normalmente em tirosina, outro aminoácido, eliminando-se do organismo. Sem o enzima que a transforma, a fenilalanina acumula-se no sangue e é tóxica para o cérebro, provocando atraso mental. A fenilcetonúria está presente na maioria dos grupos geográficos, mas é rara na população judaica de descendentes europeus orientais e na negra. A incidência é de aproximadamente 1 em cada 16 000 nascidos vivos.

Sintomas

Os sintomas da fenilcetonúria não se manifestam normalmente nos recém-nascidos. Só em alguns casos o bebé fica sonolento ou come pouco. Os bebés afectados têm tendência para ter a pele, o cabelo e os olhos mais claros do que os membros da família que não sofrem deste problema. Alguns apresentam uma erupção que parece eczema. (Ver secção 18, capítulo 194) Se não for tratada, os afectados depressa desenvolvem determinado grau de atraso mental, normalmente grave.

As crianças que sofrem de fenilcetonúria não diagnosticada ou não tratada apresentam sintomas que consistem em ataques, náuseas e vómitos, comportamento agressivo ou tendência para se autolesionarem, hiperactividade e, por vezes, sintomas psiquiátricos. As crianças afectadas muitas vezes cheiram a rato devido à presença de um derivado da fenilalanina (ácido fenilacético) na urina e no suor.

A fenilcetonúria numa mulher grávida afecta profundamente o feto em desenvolvimento, causando-lhe muitas vezes atraso mental e físico. Muitos bebés sofrem de microcefalia (cabeça anormalmente pequena, que conduz ao atraso mental) e doenças cardíacas. O controlo rigoroso do valor de fenilalanina da mãe durante a gravidez tem frequentemente um resultado normal para o feto.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico precoce confirma-se quando se detecta um valor elevado de fenilalanina ou um baixo de tirosina durante o controlo de um recém-nascido. Se a fenilcetonúria se encontrar presente na família e se dispuser de ADN de um membro afectado, pode-se fazer uma análise de amniocentese ou um estudo de vilosidades coriónicas (Ver tabela da secção 22, capítulo 242) com análises de ADN para determinar se o feto contraiu a afecção.

O tratamento consiste em limitar a ingestão de fenilalanina, embora não deva ser completamente eliminada. Consumir suficiente proteína sem exceder a quantidade aceitável de fenilalanina é impossível, visto que todas as fontes naturais de proteína contêm aproximadamente 4 % de fenilalanina. Por conseguinte, em vez de leite e de carne, o enfermo deve consumir uma variedade de alimentos sintéticos que proporcionam os outros aminoácidos. Podem ser ingeridos alimentos naturais com poucas proteínas, como frutas, verduras e quantidades restritas de certos cereais em grão. Existem produtos sem fenilalanina, que contribuem para controlar a quantidade de aminoácido ingerida, dando à pessoa um pouco mais de liberdade para comer alimentos naturais.

A ingestão de fenilalanina deve ser limitada desde as primeiras semanas de vida para prevenir o atraso mental. Esta dieta, iniciada prematuramente e mantida de forma adequada, facilita o desenvolvimento normal e evita o dano cerebral. No entanto, se não se mantiver um controlo muito rigoroso da mesma, as crianças afectadas podem ter dificuldades na escola. As restrições dietéticas que começam aos 2 ou 3 anos de idade só podem controlar a hiperactividade extrema e os ataques. A interrupção da dieta especial, quando o desenvolvimento cerebral é quase completo, foi em determinado momento considerada apropriada, mas vários relatórios sobre o desenvolvimento da aprendizagem, sobre os problemas de comportamento e sobre uma diminuição da inteligência têm feito com que esta teoria seja revista. A maioria dos médicos considera, hoje em dia, que uma dieta restrita em fenilalaninadeve ser mantida por toda a vida.

FONTE: http://www.manualmerck.net/artigos/imprime.asp?id=293&cn=1550

Adoçante demais causa diarréia

O consumo em excesso também prejudica as taxas de glicemia sangüínea
Publicado em 18/12/2008

São várias as razões que levam as pessoas a deixarem o açúcar de lado e optarem pelo consumo de adoçantes. Seja em busca da redução calórica, pela impossibilidade de consumir açúcar ou até mesmo por hábito os adoçantes conquistam novos adeptos a cada dia.

O adoçante é conhecido por apresentar alguns benefícios se comparado com o açúcar. "Adoçante dietético é um produto composto por edulcorantes - substâncias que possuem grande poder de adoçar e por esse motivo são utilizados em menor quantidade", afirma a nutricionista Sheila Silva Castro, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André.

Mas é preciso cuidado, os adoçantes possuem recomendações estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde OMS - quanto ao consumo diário. "A ingestão excessiva de edulcorantes calóricos pode causar alguns transtornos como diarréia e alteração na glicemia", alerta a nutricionista.

Alguns adoçantes podem deixar na boca um gosto residual amargo e o ideal é variar o tipo até encontrar o que mais se adapte ao paladar. Atualmente, o consumidor tem a opção de escolher entre pó, tabletes ou gotas.

Outra dica importante é observar os rótulos dos produtos e verificar os tipos de edulcorantes presentes no item a ser adquirido, principalmente se o consumidor for diabético, pois alguns produtos mesclam edulcorantes com açúcar, o que torna o produto não indicado para este público. Para o uso culinário existem formulações próprias que mantém suas características mesmo em elevadas temperaturas.

"A substituição de açúcar branco por adoçante deve ser criteriosa e uma alimentação equilibrada precisa ser fracionada, colorida, variada e se possível orientada individualmente por um profissional capacitado", diz a nutricionista.

FONTE: http://www.minhavida.com.br/conteudo/4078-Adocante-demais-causa-diarreia.htm

Intolerância a frutas pode causar hipoglicemia

da Folha Online

O organismo de algumas pessoas apresentam uma alergia pouco comum: aversão a frutas. A doença metabólica, chamada de intolerância à frutose ou fructosemia, pode se manifestar por herança genética ou na idade avançada.

Se não tratada, a fructosemia pode causar a hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) e distúrbios no fígado. No primeiro caso, transmite-se por meio dos genes e se manifesta quando o bebê abandona o leite materno e começa a ingerir frutas e verduras. No segundo, com o passar dos anos, ocorre o envelhecimento do intestino, que começa a perder as enzimas que convertem os açúcares em moléculas.

A frutose, açúcar presente em todas as frutas, encontra-se em maior quantidade na uva, no mel, na maçã e na pera. Mas também está presente em alguns legumes, como a beterraba e é bastante utilizada para adoçar produtos alimentícios e bebidas.

A quantidade de pessoas afetadas é bem menor das que sofrem de intolerância à lactose (substância encontrada em derivados do leite).

A frutose dentro do organismo tem a função de converter o açúcar em moléculas mais simples para que possam ser absorvidas pelo corpo. A alergia a esta substância tem como consequência a mudança de velocidade do intestino delgado. Isso altera a enzima que digere os açúcares, que não consegue "quebrá-los" e transformá-los em moléculas.

Ao ser incapaz de absorver esses açúcares, as bactérias que se encontram no aparelho digestivo as fermentam e as transformam em gases, produzindo sintomas como, distensão abdominal (inchaço), flatulência, dispepsia (má digestão), irritabilidade, icterícia, vômitos e convulsões.

Diagnóstico
No momento em a pessoa sinta dores estomacais após o consumo de frutas ou produtos açucarados é importante que consulte um médico para checar se é portador da doença.

No diagnóstico, o médico pode realizar exames simples, como observar se o indivíduo tem icterícia (olhos e pele amareladas), se o fígado ou o baço apresentam um tamanho maior do que o normal, checar se os níveis de açúcar no sangue são baixos, ou exames completos, como testes de tolerância à frutose, exame de urina, estudo das enzimas ou biopsia do fígado. O médico também pode optar por retirar a frutose da dieta alimentar da pessoa por um período e depois incorporá-la novamente e observar o comportamento do paciente.

Tratamento
O único tratamento possível contra a intolerância é a retirada da frutose e da sacarose da alimentação. Para isso, a pessoa deve determinar quais alimentos contêm açúcar. Uma dica é ler as indicações nos rótulos e nas embalagens de comidas e bebidas.

Também é recomendável consultar um nutricionista para que oriente o indivíduo sobre qual a melhor dieta a ser seguida. Alguns medicamentos, como os antiflatulentos ou os que diminuem o ritmo de evacuação, podem aliviar os sintomas. Na maioria dos casos, a eliminação da frutose na dieta dá bons resultados.


FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/equi20000629_3.shtml


obs: No meu caso a pior reação que eu sinto é a de intolerância a futas, a reação que eu tenho após a ingestão é terrível e debilitante.

UM VENENO CHAMADO AÇÚCAR


fonte:http://www.oarquivo.com.br/portal/images/stories/geral2/doce.jpg

76 modos do açúcar acabar com a saúde.

Contribuição de Nancy Appleton, Ph.D. Autora do livro Lick The Sugar Habit


www.nancyappleton.com

Além de destruir a homeostase do organismo, o excesso de açúcar pode causar várias outras conseqüências importantes. A seguir, uma lista de alguns problemas metabólicos causados pelo açúcar, tirados de várias revistas médicas e outras publicações científicas.
1. O açúcar pode desativar o seu sistema imunológico e prejudicar sua defesa contra doenças infecciosas.
2. O açúcar desorganiza as relações entre os sais minerais no organismo: provoca deficiência de cromo e cobre e interfere com a absorção de cálcio e magnésio.
3. O açúcar pode provocar um aumento rápido da adrenalina, da hiperatividade, da ansiedade, da dificuldade de concentração e da irritabilidade em crianças.
4. O açúcar pode provocar um aumento significativo no nível total de colesterol, triglicerídeos e mau colesterol e reduzir o de bom colesterol.
5. O açúcar provoca a perda de elasticidade e funcionalidade dos tecidos.
6. O açúcar alimenta as células cancerosas e foi relaconado ao desenvolvimento de câncer de mama, ovário, próstata, reto, pâncreas, trato biliar, pulmão, vesícula e estômago.
7. O açúcar pode aumentar o nível sangüíneo de glicose em jejum e provocar, como reação, hipoglicemia.
8. O açúcar pode piorar a visão.
9. O açúcar pode provocar muitos problemas do trato gastrointestinal, como gastrite, indigestão, má absorção em pacientes com doença intestinal funcional, aumento do risco de doença de Crohn, colite ulcerativa.
10. O açúcar pode provocar envelhecimento prematuro.
11. O açúcar pode levar ao alcoolismo.
12. O açúcar pode acidificar a saliva, estragar os dentes e provocar doença periodontal (das gengivas).
13. O açúcar contribui para a obesidade.
14. O açúcar pode provocar doenças autoimunes como artrite, asma, esclerose múltipla.
15. O açúcar ajuda muito a infestação descontrolada de Candida Albicans (fungo).
16. O açúcar pode provocar cálculos de vesícula.
17. O açúcar pode provocar apendicite.
18. O açúcar pode provocar hemorróida.
19. O açúcar pode provocar varizes.
20. O açúcar pode elevar a resposta de glicose e insulina em usuárias de contraceptivos orais.
21. O açúcar pode contribuir para a osteoporose.
22. O açúcar pode provocar uma queda na sensibilidade à insulina, provocando assim um nível elevado e anormal de insulina e, finalmente, diabetes.
23. O açúcar pode reduzir o nível de vitamina E.
24. O açúcar pode aumentar a pressão sangüínea sistólica.
25. O açúcar pode provocar sonolência e redução da atividade em crianças.
26. A ingestão elevada de açúcar aumenta o nível de produtos glicosados avançados (PGA) (moléculas de açúcar que se ligam às proteínas do corpo, danificando- as).
27. O açúcar pode interferir na absorção de proteínas.
28. O açúcar provoca alergias alimentares.
29. O açúcar pode provocar toxemia durante a gravidez.
30. O açúcar pode contribuir para o eczema em crianças.
31. O açúcar pode provocar aterosclerose e doença cardiovascular.
32. O açúcar pode prejudicar a estrutura do DNA.
33. O açúcar pode mudar a estrutura das proteínas e causar uma alteração permanente da maneira como agem as proteínas no corpo.
34. O açúcar pode fazer a pele envelhecer ao mudar a estrutura do colágeno.
35. O açúcar pode provocar catarata e miopia.
36. O açúcar pode provocar enfisema.
37. A ingestão elevada de açúcar pode prejudicar a homeostase fisiológica de vários sistemas do organismo.
38. O açúcar reduz a capacidade de funcionamento das enzimas.
39. A ingestão de açúcar é mais alta em portadores de mal de Parkinson.
40. O açúcar pode aumentar o tamanho do fígado ao fazer as células do órgão se dividirem e aumentar o nível de gordura no fígado.
41. O açúcar pode aumentar o tamanho dos rins e produzir mudanças patológicas no órgão, como a formação de cálculos renais.
42. O açúcar pode danificar o pâncreas.
43. O açúcar pode aumentar a retenção de fluidos no organismo.
44. O açúcar é o inimigo nº 1 do funcionamento do intestino.
45. O açúcar pode danificar o revestimento dos capilares.
46. O açúcar pode deixar os tendões mais frágeis.
47. O açúcar pode provocar dores de cabeça e enxaquecas.
48. O açúcar pode reduzir a capacidade de aprendizado, afetar negativamente as notas das crianças e provocar transtornos de aprendizagem.
49. O açúcar pode provocar o aumento das ondas cerebrais delta, alfa e teta e assim alterar a capacidade de pensar com clareza.
50. O açúcar pode provocar depressão.
51. O açúcar pode aumentar o risco de gota.
52. O açúcar pode aumentar o risco mal de Alzheimer.
53. O açúcar pode provocar desequilíbrio hormonal, como aumentar o nível de estrogênio em homens, exacerbar a TPM e reduzir o nível de hormônio do crescimento.
54. O açúcar pode levar a tonturas.
55. As dietas ricas em açúcar aumentarão os radicais livres e o estresse oxidativo.
56. As dietas com muita sacarose em indivíduos com doença vascular periférica aumentam significativamente a adesão das plaquetas.
57. O consumo elevado de açúcar por adolescentes grávidas pode levar a uma redução substancial da duração da gravidez e está associado à duplicação do risco de ter um bebê pequeno demais para a idade gestacional.
58. O açúcar é uma substância que vicia.
59. O açúcar pode embebedar, como o álcool.
60. O açúcar dado a bebês prematuros pode afetar o volume de dióxido de carbono que produzem.
61. A redução da ingestão de açúcar pode aumentar a estabilidade emocional.
62. O açúcar é transformado em quantidade 2 a 5 vezes maior de gordura na corrente sangüínea do que o amido.
63. A absorção rápida do açúcar promove a ingestão excessiva de comida em obesos.
64. O açúcar pode piorar os sintomas de crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
65. O açúcar afeta negativamente a composição de eletrólitos da urina.
66. O açúcar pode reduzir a capacidade de funcionar das glândulas adrenais.
67. O açúcar tem potencial de provocar processos metabólicos anormais em indivíduos saudáveis normais e promover doenças crônicas degenerativas.
68. A alimentação intravenosa com água açucarada pode interromper o fluxo de oxigênio para o cérebro.
69. O açúcar aumentar o risco de poliomielite.

70. A ingestão elevada de açúcar pode provocar convulsões epilépticas.
71. O açúcar provoca pressão alta em pessoas obesas.
72. Em unidades de tratamento intensivo, a limitação de açúcar salva vidas.
73. O açúcar pode provocar a morte celular.
74. Em centros de reabilitação juvenil, quando as crianças passaram para uma dieta com pouco açúcar houve uma queda de 44% do comportamento anti-social.
75. O açúcar desidrata recém-nascidos.
76. O açúcar pode provocar males das gengivas.

Referências Bibliográficas:


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16. Michaud, D. “Dietary Sugar, Glycemic Load, and Pancreatic Cancer Risk in a Prospective Study”. J Natl Cancer Inst. 4 de setembro de 2002; 94(17): 1293-300. 17. Moerman, C. J., et al. “Dietary Sugar Intake in the Etiology of Biliary Tract Cancer”. International Journal of Epidemiology. Ap 1993. 2(2): 207-214.

18. The Edell Health Letter. Setembro de 1991; 7:1. De Stefani, E. “Dietary Sugar and Lung Cancer: a Case control Study in Uruguay”. Nutrition and Cancer. 1998; 31(2): 132-7.



FONTE: http://www.editora-opcao.com.br/ada429.htm

sábado, 14 de novembro de 2009

Alergia Alimentar



fonte:http://www.oarquivo.com.br/portal/images/stories/geral2/doce.jpg


A Alergia Alimentar é uma Reação Adversa a determinado alimento. Envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrintestinal e respiratório. As reações podem ser leves com simples coceira nos lábios até reações graves que podem comprometer vários órgãos. A Alergia Alimentar resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos.

O que é Reação Adversa a Alimentos?
É qualquer reação indesejável que ocorre após ingestão de alimentos ou aditivos alimentares. Estas podem ser classificadas em reações tóxicas e não-tóxicas. As reações não-tóxicas podem ser de Intolerância ou Hipersensibilidade.
Exemplo de reação não-alérgica são as reações por ingestão de alimentos contaminados por microorganismos. Estas se apresentam agudamente com febre, vômitos, diarréia e geralmente acometem várias pessoas que ingeriram os alimentos contaminados.

A Intolerância à Lactose é uma reação alérgica?

A intolerância à lactose é uma desordem metabólica onde a ausência da enzima lactase no intestino determina uma incapacidade na digestão de lactose (açúcar do leite) que pode resultar em sintomas intestinais como distensão abdominal e diarréia. Esta intolerância geralmente é dose dependente e o indivíduo pode tolerar pequenos volumes de leite por dia ou se beneficiar dos leites industrializados com baixos teores de lactose. Portanto, a Intolerância à Lactose não é uma Alergia Alimentar apesar de frequentemente confundida pelos familiares e profissionais de saúde. Torna-se importante esta diferenciação, pois a orientação nutricional é distinta. Enquanto na intolerância à lactose, eventualmente, é possível ingerir pequenas quantidades de leite, na Alergia às proteínas do leite, a alimentação não deve conter leite ou derivados.

Qual a prevalência da Alergia Alimentar?
Estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras acometam 6-8% das crianças com menos de 3 anos de idade e 2-3% dos adultos.

Os indivíduos com outras doenças alérgicas apresentam maior incidência de Alergia Alimentar?
Pacientes com doenças alérgicas apresentam uma maior incidência de Alergia Alimentar sendo encontrada em 38% das crianças com Dermatite Atópica e em 5% das crianças com quadro de asma.

Quais os fatores envolvidos na Alergia Alimentar?
A predisposição genética, a potência antigênica de alguns alimentos e alterações a nível do intestino parecem ter importante papel. Existem mecanismos de defesa principalmente a nível do trato gastrintestinal que impedem a penetração do alérgeno alimentar e conseqüente sensibilização. Estudos indicam que de 50 a 70% dos pacientes com Alergia Alimentar possuem história familiar de alergia. Se o pai e a mãe apresentam alergia, a probabilidade de terem filhos alérgicos é de 75%.

Quais os alimentos mais frequentemente envolvidos na Alergia Alimentar?
Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica. No entanto, leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe e crustáceos são os mais envolvidos. A sensibilização a estes alimentos (formação de anticorpos IgE) depende dos hábitos alimentares da população. O amendoim, os crustáceos, o leite de vaca e as nozes são os alimentos que com maior freqüência provocam reações graves (anafiláticas).
Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo individuo. O paciente alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Da mesma forma, pacientes alérgicos ao amendoim podem também apresentar reação ao ingerir a soja, ervilha ou outros feijões.

E quanto aos corantes e aditivos alimentares?
As reações adversas aos conservantes, corantes e aditivos alimentares são raras, mas não devem ser menosprezadas. O corante artificial tartrazina (FD&C amarelo#5), sulfitos e glutamato monossódico são relatados como causadores de reações. A tartrazina pode ser encontrada nos sucos artificiais, gelatinas e balas coloridas enquanto o glutamato monossódico pode estar presente nos alimentos salgados como temperos (caldos de carne ou galinha). Os sulfitos são usados como preservativos em alimentos (frutas desidratadas, vinhos, sucos industrializados) e medicamentos tem sido relacionados a crises de asma em indivíduos sensíveis.

Quais as principais manifestações clínicas da Alergia Alimentar? São mais comuns as reações que envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira, eczema), o aparelho gastrintestinal (diarréia, dor abdominal, vômitos) e o sistema respiratório, como tosse, rouquidão e chiado no peito. Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente (Reação Anafilática), também podem ocorrer.
Nas crianças pequenas, pode ocorrer perda de sangue nas fezes, o que vai ocasionar anemia e retardo no crescimento. Sintomas nasais isolados não são comuns.

O que é Reação Anafilática?
É uma reação súbita, grave que impõe socorro imediato por ser potencialmente fatal. A Reação Anafilática pode ser provocada por medicamentos, venenos de insetos e alimentos. Na Alergia Alimentar, o alimento induz a liberação maciça de substâncias químicas que vai determinar um quadro grave de resposta sistêmica associado à coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular ("choque anafilático").

O exercício físico pode provocar reação anafilática?
Exercício físico pode provocar reação anafilática muito raramente. Associação de ingestão de alimento e exercício físico extenuante também tem sido observada.

O que é Síndrome de Alergia Oral?
É uma manifestação de Alergia Alimentar que ocorre após contato de determinados alimentos com a mucosa oral. As manifestações ocorrem imediatamente após contato do alimento com a mucosa da boca, ocasionando coceira e inchaço nos lábios, palato e faringe. O edema de glote não é freqüente. Ocorre principalmente em pacientes com alergia aos polens e os alimentos mais frequentemente envolvidos são: melão, melancia, banana, maçã, pêssego, cereja, batata, cenoura, ameixa, amêndoa, avelã e aipo.

Como o médico pode fazer o diagnóstico de Alergia Alimentar?
O diagnóstico depende de história clínica minuciosa associada a dados de exame físico que podem ser complementados por testes alérgicos.
Na história clínica, é fundamental que o paciente ou seus pais, no caso das crianças, auxilie fornecendo detalhes sobre os alimentos ingeridos rotineiramente ou eventuais. Em algumas situações é possível correlacionar o surgimento dos sintomas com a ingestão de determinado alimento. Em outras ocasiões o quadro não é tão evidente, necessitando de história mais detalhada. Isso ocorre principalmente quando as reações ocorrem horas após a ingestão do alérgeno.
A Alergia Alimentar ocorre mais frequentemente nas crianças pequenas onde o leite de vaca e o ovo são os alimentos mais comuns. Apesar de muitas vezes incriminado (pelos pais e avós) como causa de Alergia Alimentar, o chocolate raramente causa alergia. Nestes casos, se torna necessário pesquisar alergia às proteínas do leite de vaca ou da soja, usadas em sua fabricação. Nos adultos, o camarão é queixa freqüente em nosso meio.

Qual a importância da Alergia Alimentar na Dermatite Atópica? Segundo alguns autores, a Alergia Alimentar está presente em 38% das crianças com Dermatite Atópica moderada/grave.
A Dermatite Atópica se apresenta com um quadro de coceira de intensidade moderada a grave, irritabilidade, escoriações provocadas pelo ato de coçar a pele, ressecamento generalizado da pele e eczema simétrico nas dobras dos cotovelos e joelhos, pescoço, face e superfície extensora dos braços e pernas. Os alimentos mais envolvidos são o leite de vaca, ovo, soja, trigo.

O que é o teste alérgico?
É um método diagnóstico seguro e geralmente indolor. Deve ser realizado pelo médico especialista que após história clínica e exame físico, determinará quais substâncias podem ter importância no quadro clínico e, portanto, deverão ser avaliadas. O desconforto pode ocorrer pelo prurido (coceira) localizado à área do teste, no caso da reação positiva.
Na maioria das vezes é realizado no antebraço após higiene local com algodão e álcool. O resultado é obtido em 15 a 20 minutos e a reação positiva consiste na formação de uma pápula vermelha, semelhante à uma picada de mosquito. Esta reação indica presença de IgE específica ao alimento testado. Algumas vezes torna-se necessário realizar o teste com o próprio alimento in natura .
Em algumas situações, o teste cutâneo deve ser substituído pela dosagem de IgE específica no sangue. São elas: necessidade de uso diário de anti-histamínicos (antialérgicos), não disponibilidade de material para teste, presença de eczema severo ou história sugestiva de reação intensa (reação anafilática) a determinado alimento. Muitas vezes o alergista realiza as duas formas de avaliação para ter maior segurança no diagnóstico.

Como tratar a Alergia Alimentar?
Até o momento, não existe um medicamento específico para prevenir a Alergia Alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas (crise) sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante. As orientações devem ser fornecidas por escrito visando a substituição do alimento excluído e evitando-se deficiências nutricionais até quadros de desnutrição importante principalmente nas crianças. O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeou a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga, soro, lactoalbumina ou caseinato apontam para a presença de leite de vaca. Todas as orientações devem ser fornecidas aos pacientes e familiares.

O que fazer caso venha ocorrer a ingestão acidental do alimento?
A exclusão de um determinado alimento não é tarefa fácil e a exposição acidental ocorre com certa freqüência. Os indivíduos com Alergia Alimentar grave (reação anafilática) devem portar braceletes ou cartões que os identifiquem, para que cuidados médicos sejam imediatamente tomadas. As reações leves desaparecem espontaneamente ou respondem aos anti-histamínicos (antialérgicos). Pacientes com história de reações graves devem ser orientados a portar medicamentos específicos (adrenalina), mas torna-se obrigatório uma avaliação em serviço de emergência para tratamento adequado e observação, pois em alguns casos pode ocorrer uma segunda reação, tardia, horas após.

O paciente que apresenta reação a determinado alimento poderá um dia voltar a ingeri-lo?
Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos (ovos, leite de vaca, trigo e soja) que lhes provoca alergia alimentar entre os 3-5 anos de idade. O teste cutâneo permanece positivo apesar do aparecimento da tolerância ao alimento. A sensibilidade ao amendoim, nozes, peixe e camarão raramente desaparece.
Em alguns casos, principalmente nas crianças, a exclusão rigorosa do alimento parece promover a diminuição da alergia. O alimento deve permanecer suspenso por aproximadamente 6 meses. Após este período o médico especialista poderá recomendar uma reintrodução do alimento e observar os sintomas. Se o indivíduo permanecer assintomático e conseguir ingerir o alimento, o mesmo pode ser liberado. Caso ocorra qualquer sintoma, a dieta de eliminação deve ser mantida. A presença de reação alérgica grave, como a anafilaxia ao amendoim, contra-indica esta reintrodução. Nos pacientes altamente sensibilizados, a presença de quantidades mínimas do alimento pode desencadear reação de extrema gravidade.

Existe algum meio de prevenir a Alergia Alimentar?
Algumas orientações devem ser dadas aos recém-nascidos de pais ou irmãos atópicos. O estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida é fundamental assim como a introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia. Recomenda-se a introdução dos alimentos sólidos após o 6º mês, o leite de vaca após 1 ano de idade, ovos aos 2 anos e amendoim, nozes e peixe, somente após o 3º ano de vida.

FONTE: http://www.sbai.org.br/secao.asp?s=81&id=306

Reações Adversas a Alimentos e Imunidade Humoral: Subclasses de Ige a Antígenos Alimentares

Saúde & Qualidade de Vida - Patologia & Nutrição

Extraído de Rev. da Sociedade de Alimentação e Nutrição

ZANIN, C. M.; MARCHINI, J. S.; CARVALHO, I. F. Reações adversas a alimentos e imunidade humoral: subclasses de IgG a antígenos alimentares. Nutrire: ver. Soc. Bras. Alim. Nutri. = J. Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP., v.24, p.125-134, dez., 2002.

Introdução

A alergia alimentar continua a ser um termo mal empregado e mal compreendido pela população em geral. O equívoco freqüente é que todas as reações alimentares têm base alérgica e essa definição faz com que aproximadamente 15% da população apresente “alergia alimentar” (Altman e Chiaramonte, 1996), sendo que a prevalência correta é de 0,1 a 8% (Sampson e Ho, 1997; Bock, 1987).


Considera-se alergia alimentar uma reação exclusivamente dependente da participação de anticorpos da classe IgE com o antígeno alimento. Quando isso não ocorre recomenda-se o termo reação adversa alimentar ou intolerância alimentar. Entretanto a nomenclatura na área médica também não está estabelecida de maneira uniforme.

A reação alérgica a um nutriente ocorre, geralmente, dentro de uma hora após o estímulo, enquanto a intolerância alimentar pode levar de horas a dias para se manifestar e afeta um número maior de pessoas. Portanto deve ser considerada no diagnóstico diferencial da alergia alimentar.

Dieta e Resposta Humoral

A ingestão diária de alimentos e bebidas constituem a maior fonte de antígenos para o organismo humano. Para que ocorra uma reação alérgica a um determinado alimento, proteínas ou moléculas grandes deste alimento (antígeno/alérgeno) devem ser absorvidas, interagir com o sistema imunológico e produzir uma resposta. Sob condições normais o trato gasrtrointestinal e o sistema imunológico proporcionam uma barreira, a qual impede a absorção da maior parte das proteínas intactas. Esta barreira utiliza IgA para proteção do lúmen intestinal e o complexo imune (CI) promove ainda a secreção de muco e proteólise na superfície da muscosa intestinal (Sampson, 1999). Quando esta barreira falha pode ocorrer uma sensibilização do tipo alérgica e uma reexposição ao antígeno produz a reação alérgica.

A resposta humoral envolve a formação de anticorpos e possui um papel importante na patogenia das reações adversas a alimentos, pois as reações alérgicas clássicas são dependentes das imunoglobulinas IgE e não de anticorpos. Porém, foi demonstrado que nível elevado de IgG aparece quando se tem um tempo prolongado de exposição ao antígeno nas membranas das mucosas (Homburguer et al, 1986) e poderia representar uma resposta normal a proteína da dieta (Paganelli et al, 1979).

A formação de CI representa um evento normal na resposta imune, contribuindo entre outros efeitos para a neutralização e eliminação do antígeno. Níveis aumentados de CI podem ser encontrados em várias condições clínicas bem como muitos tipos de CI podem ser formados na resposta para um mesmo antígeno e na evolução da doença.

No trabalho de Paganelli et al (1987) foi investigada a distribuição de subclasses de IgG na resposta para b-lactoalbumina e ovoalbumina tendo sido constatado resultados similares em todos os pacientes com alergia ou intolerância alimentar, com predominância de IgG4, seguida de IgG1, IgG3 e IgG2. Níveis de anticorpos IgA, IgG e subclasses de IgG para uma variedade de antígenos alimentares foram determinados por ELISA com predominância de IgG2 seguido de IgG1 para farinha de trigo , ao passo que IgG4 dominou a resposta para b-lactoalbumina e ovoalbumina (Hvatum, 1992).

Em adição ao conhecimento da concentração da imunoglobulina IgG, há também o interesse da identificação da subclasse envolvida considerando a diversidade das funções biológicas de cada tipo de molécula. Exemplificando: as subclasses IgG1 e IgG3 possuem maior capacidade de ativar a via clássica do sistema complemento e ligar-se a macrófagos e outros fagócitos quando estas propriedades são comparadas com as da IgG2 e IgG4 respectivamente.

Alérgenos alimentares

Os alérgenos mais comuns são aqueles encontrados em alimentos com alto conteúdo protéico, especialmente de origem vegetal ou marinha (Taylor, 1986). Em crianças, os alimentos mais frequentemente relatados como causadores de reações adversas são o leite de vaca, soja, amendoim, ovos, trigo e peixe (Marshall et al, 1984; Bock, 1987; Eglesson, 1987; Sampson, 1988). Entretanto a alergia alimentar pode se desenvolver com a ingestão de qualquer alimento incluído na dieta (Bock, 1987).

População de Risco

De uma maneira geral, a alergia alimentar é observada com maior frequencia em populações de risco como as que possuem algum tipo de desnutrição (pois apresentam anormalidades do sistema imune e sua função alterada propiciando a instalação e o agravamento de infecções e doenças), em estados de imunodeficiência (Panush, 1986; Adams, 1995), em doenças do aparelho digestivo ou em doenças auto-imunes (apresentam produção anormal de anticorpos e uma atividade alterada de células T).

Sintomatologia

O constante aumento da frequência de doenças relacionadas com reações alérgicas a alimentos representam um sério desafio para imunologistas e alergistas (Paganelli et al, 1987). Os sintomas são variados, podendo estar “mascarados” simulando quadro clínico de outras doenças. Portanto, não deixa de causar surpresa a abrangência do espectro das manifestações clínicas associadas aos mecanismos imunológicos das reações adversas a alimentos, as mais frequentemente relacionadas na literatura estão na Tabela 1.


Tabela 1 Manifestações clínicas induzidas por reações adversas a alimentos

Prurido (cutâneo, conjuntival, oral), urticária, dermatite atópica, dermatite herpetiforme-simile, angioedema, rubor, cianose, sudorese, bolhas, formigamento na boca e garganta, edema labial, gosto metálico.
Conjuntivite e lacrimejamento
Espirros, congestão nasal, rinorréia, rouquidão, estridor, edema laringeal, dispnéia, taquipnéia, broncorréia, chiado, asma
Hipotensão, taquicardia, arritmia
Náuseas, vômitos, cãibras, dor abdominal, distensão, diarréia, constipação, esteatorréia, colite hemorrágica (lactentes), gastroenterocolite eosinofílica, enteropatia (glúten-sensível, proteína-dietética), incontinência fecal e urinária.
Artralgia, artrite
Cefaléia, enxaqueca



Considerações Finais

A alimentação é fundamental para a manutenção da higidez como também para a terapêutica e prevenção de muitas doenças, mas certos alimentos e aditivos alimentares podem se tornar nocivos às pessoas sensíveis ao mesmos. Portanto é essencial estar alerta a sintomatologia imediata ou retardada após a ingestão alimentar para caracterizar o tipo de reação e determinar com precisão o alimento envolvido.


ZANIN, C. M.; MARCHINI, J. S.; CARVALHO, I. F. Reações adversas a alimentos e imunidade humoral: subclasses de IgG a antígenos alimentares. Nutrire: ver. Soc. Bras. Alim. Nutri. = J. Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP., v.24, p.125-134, dez., 2002.



FONTE: http://www.rgnutri.com.br/sqv/patologias/raai.php

Alergia alimentar – o que é

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste Artigo

- A alergia alimentar é comum?
- Quais alimentos estão mais associados a reações alérgicas?
- Quais são os fatores predisponentes à alergia?
- Quais os sinais e sintomas da alergia alimentar?
- Quais reações podem ocorrer logo após a ingestão do alimento?

A alergia alimentar é comum?

É bastante difícil estabelecer se a incidência de alergia aos alimentos, porque ainda não existem métodos simples e objetivos que permitam confirmá-la. Embora diversos sinais e sintomas alérgicos e exames laboratoriais tenham sido sugeridos como úteis nessa avaliação, ainda hoje o diagnóstico das reações alérgicas e da intolerância aos alimentos é feito com base nos achados clínicos. Além desses problemas, sabemos que a percepção da alergia alimentar, pelos pacientes, é muito variável, dependendo de diversos fatores.

Alguns dados, porém, são conhecidos. Sabe-se que, em crianças, existe uma maior freqüência de reações aos alimentos (cerca de 10%) do que em adultos (aproximadamente 3%). Além disso, as crianças mais jovens, especialmente com idade inferior a um ano, apresentam maior probabilidade de desenvolver alergia alimentar do tipo imediata e outras reações adversas aos alimentos de origem imunológica. A maioria dos casos de intolerância alimentar e alergia alimentar, na infância, resolve-se espontaneamente.

Quais alimentos estão mais associados a reações alérgicas?

A grande maioria das reações alérgicas (mais de 90%) é causada por um pequeno grupo de alimentos, sendo eles:

Leite;
Ovos;
Alguns legumes;
Trigo;
Nozes.
Alguns outros alimentos, menos comumente associados, são: peixes e frutos do mar, frutas cítricas, melão, tomate, aipo, arroz e milho. Em um estudo realizado com crianças, observou-se que cerca de 60% dos casos eram causados por leite, ovos e peixe. Além disso, aproximadamente 75% das reações alérgicas ao leite de vaca ocorreram nos primeiros seis meses de vida.

Sabe-se que qualquer alimento pode causar reação alérgica, porém tanto o potencial alergênico quanto o padrão de consumo podem modificar a ocorrência dessas manifestações, em cada faixa etária específica e em cada tipo de população. Dessa forma, o leite representa o principal causador de reações alérgicas alimentares em crianças, mas é o quinto mais comum em adultos. Nesses últimos, os alimentos que mais comumente causam reação alérgica são: ovos, peixes, mariscos e aipo.

Quais são os fatores predisponentes à alergia?

1. Idade

Grande parte das reações alérgicas alimentares ocorre em crianças com menor idade. A alergia relacionada ao consumo do leite de vaca, por exemplo, afeta principalmente crianças com idade inferior a 3 anos, sendo o pico de incidência entre 6 e 18 meses de vida. Os possíveis mecanismos responsáveis pela maior ocorrência de reações alérgicas alimentares, nessa faixa etária, seriam: (1) imaturidade da mucosa intestinal; (2) deficiência de um tipo específico de anticorpo, o IgA, presente nas mucosas.

2. Hereditariedade

De forma geral, a tendência ao desenvolvimento de alergia é uma característica herdada geneticamente, e a maioria dos pacientes alérgicos apresentam parentes de primeiro grau com os mesmos sintomas. Em estudos realizados com crianças, foi sugerido que a história familiar de alergia seria o fator mais fortemente associado ao desenvolvimento de manifestações alérgicas. Essa hereditariedade parece estar ligada a uma maior predisposição que esses indivíduos têm de produzir um tipo específico de anticorpo, associado às reações alérgicas, o IgE.

3. Contato precoce com os antígenos

Antígenos são substâncias, ou partes delas, capazes de induzir uma resposta imune no nosso organismo, ou seja, a produção de anticorpos. Alguns tipos de alimentos, na presença de uma mucosa intestinal imatura, como nas crianças, apresentam maior potencial de causar alergia, pois seus antígenos são mais absorvidos pela mucosa. Vários estudos mostram que as crianças, que são amamentadas ao seio por mais tempo, têm menor chance de desenvolver alergia alimentar ao leite de vaca.

4. Potencial alergênico dos alimentos

O potencial alergênico refere-se à capacidade que o alimento tem de induzir uma reação alérgica. De uma forma geral, os alérgenos vegetais apresentam perda do potencial alergênico após a cocção, ao contrário dos alérgenos de origem animal. Aproximadamente 80% das proteínas do leite são resistentes ao calor, mantendo seu potencial alergênico mesmo após a fervura. No entanto, o potencial alergênico das proteínas do leite pode ser reduzido com processos empregados na produção das fórmulas infantis. Assim, essas fórmulas apresentam menor potencial de induzir alergia, embora ainda mantenha um certo risco.

5. Estado imunológico do indivíduo

As infecções e outras doenças que afetam o sistema imunológico podem aumentar a freqüência de sensibilização, pela perda da integridade da mucosa intestinal ou por alterações na resposta imunológica. Os pacientes que apresentam diarréia crônica possuem um risco maior de desenvolver alergia alimentar.

6. Deficiência de IgA

Esse anticorpo, na forma presente nas mucosas, é o mais importante do trato gastrintestinal, pois tem papel essencial na redução da absorção das substâncias alergênicas. Os indivíduos com deficiência na produção desses anticorpos apresentam risco aumentado de reações alérgicas alimentares.

Quais os sinais e sintomas da alergia alimentar?

Os sintomas podem ser os mais variados possíveis, afetando diversos órgãos e sistemas. Eles podem se iniciar logo após a ingestão do alimento, ou várias horas após esse contato. Além disso, os sintomas podem ser leves, ou até mesmo ameaçadores à vida (especialmente quando afetam o sistema respiratório).

As manifestações mais comuns são:

Urticária ou erupção cutânea avermelhada;
Coceira na pele;
Inchaço nos lábios, face, garganta ou outra parte do corpo;
Vômitos;
Diarréia;
Dor de estômago;
Chiera ou dificuldade para respirar;
Tosse;
Dificuldade para engolir;
Olhos vermelhos e/ou com lacrimejamento;
Desmaio;
Tonteira.
Quando graves, os sintomas costumam iniciar-se entre alguns minutos até duas horas após a ingestão do alimento.

Quais reações podem ocorrer logo após a ingestão do alimento?

1. Síndrome da Alergia Oral

Considerada um tipo de urticária de contato, que acomete exclusivamente a cavidade oral. Os sintomas iniciam-se e terminam rapidamente, estando geralmente associados à ingestão de frutas e vegetais secos.

2. Anafilaxia Gastrintestinal

Os sintomas compõem-se de náuseas, vômitos, cólicas, dor abdominal e diarréia. Iniciam-se nas primeiras duas horas após a ingestão do alimento. Esses pacientes, normalmente crianças, apresentam sintomas logo após a alimentação, associados à dificuldade de crescimento e perda de peso.

3. Urticária e Angioedema

São as manifestações mais comuns de alergia alimentar, iniciando-se alguns segundos após a ingestão do alimento. O angioedema caracteriza-se por inchaço de lábios e da mucosa da boca. Os alimentos mais associados são: leite, ovos, peixes, mariscos, amendoins.

4. Sintomas Respiratórios

Incluem vermelhidão e coceira ao redor dos olhos, lacrimejamento, congestão nasal, coriza e, raramente, chiera torácica. Ocorrem entre alguns minutos até duas horas após a ingestão do alimento.

5. Anafilaxia Generalizada

É a reação mais grave, podendo levar à morte da pessoa. O paciente costuma apresentar queda da pressão arterial, colapso do sistema cardiovascular, arritmias cardíacas e dificuldade para respirar (podendo levar à asfixia). É uma emergência médica, que deve ser tratada imediatamente.

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31 de janeiro de 2008.

FONTE: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=5318&ReturnCatID=1803

Entenda por que aspartame faria mal

Pesquisadores apontam que o perigo do aspartame está no seu alto poder tóxico, já que é uma neurotoxina, ou seja, uma droga que destrói neurotransmissores que compõem o sistema nervoso.
O aspartame é formado por ácido aspártico, fenilalanina e metanol. As duas primeiras substâncias, de acordo com pesquisas, causam respectivamente lesões cerebrais e bloqueiam a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pelas sensações de bem estar. Níveis baixos de serotonina provocam insônia, depressão e mau humor. Já o metanol, considerada a mais nociva entre as substâncias que compõem o aspartame, é convertido, depois de ingerido, em formaldeído e ácido fórmico, duas substâncias tóxicas que afetam o funcionamento normal do cérebro.

Segundo os estudiosos, na gravidez, os efeitos do aspartame podem passar diretamente para o feto. De acordo com a tese defendida por eles, a placenta pode concentrar a fenilalanina presente no adoçante e causar má formação cerebral no bebê. Vale lembrar que o teste do pezinho, realizado nos recém-nascidos, é feito exatamente para medir o nível de fenilalanina do sangue.

FONTE:http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI726642-EI1501,00.html

Adoçantes sintéticos podem causar males à saúde

Pesquisadores da Fundação Ramazzini, em Bolonha, na Itália, realizaram um estudo no qual comprovaram que o adoçante sintético provoca aumento no risco de câncer em cobaias.
Eles misturaram doses diferentes de aspartame na ração de 1,8 mil cobaias por três anos - seu tempo de vida. A pesquisa indicou que uma a cada quatro cobaias fêmeas (25%) teve leucemia. Elas consumiram a metade do que é permitido aos seres humanos.

Até que ponto o resultado dessa pesquisa deve motivar uma mudança no nosso consumo alimentar?

O estudo não é o único que indica os malefícios do aspartame. Atualmente, nos Estados Unidos, existe uma campanha para banir o aspartame e outros adoçantes sintéticos do mercado. De acordo com os pesquisadores, eles causariam, além de cânceres, mal de Alzheimer, esclerose múltipla e doenças cardiovasculares, entre outros males.

Os estudiosos começaram a pesquisar mais profundamente as propriedades dos adoçantes dietéticos quando notaram um aumento significativo de mortes repentinas entre esportistas ou pessoas com hábitos saudáveis. (leia mais nos links abaixo).

Mas parte da classe médica considera os resultados dos testes pouco significativos, já que teriam sido realizados apenas com animais ou ainda não têm seus resultados cientificamente comprovados.

O que os cientistas que pesquisam os males dos adoçantes sintéticos perseguem é a diminuição da quantidade de consumo diário de aspartame que a sociedade médica internacional admite como segura. Atualmente, defende-se que um adulto pode consumir por dia 40 miligramas por quilo de peso. Isso representa cerca de 15 saquinhos ou entre 60 e 80 gotas.

"Há uma polêmica em torno da quantidade segura de ingestão de aspartame. Mas independentemente disso, acredito ser necessário rever os nossos hábitos alimentares. Adoçantes sintéticos, inclusive produtos diet, devem ser consumidos apenas por pessoas diabéticas", opina Edson Credidio, médico nutrólogo e especialista em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos pela Unicamp.

FONTE:http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI726597-EI1501,00.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ESCLARECIMENTOS._ Alergia Alimentar

Causará provavelmente surpresa saber que as verdadeiras alergias alimentares são responsáveis por menos de 50% dos casos de urticária, asma, diarreia e outros sintomas que habitualmente lhes são atribuídos. isto deve-se ao fato de mais de metade destes sintomas serem realmente causados por intolerância alimentar

A alergia alimentar e a intolerância alimentar são muitas vezes confundidas porque produzem frequentemente o mesmo tipo de sintomas. Biologicamente, contudo, o modo como produzem estes sintomas é, na verdade, muito diferente.

As alergias alimentares são designadas por reações de hipersensibilidade",

Nas verdadeiras alergias alimentares, o sistema imune do organismo reage a determinados alimentos como se fossem potencialmente perigosos. Para se defenderem destes invasores, as células do sistema imune produzem moléculas chamadas "anticorpos". Infelizmente, esta reação incita outras células especializadas, os mastócitos, a libertar uma substância chamada "histamina". É a histamina que provoca os sintomas alérgicos.

A circunstância de uma pessoa desenvolver ou não uma alergia alimentar depende de diversos factores, por exemplo, uma herança genética, a idade, os hábitos alimentares e, por vezes, as consequências de doenças infecciosas.

INTOLERÂNCIA ALIMENTAR

A intolerância alimentar depende de mecanismos que não envolvem anticorpos:

• Num caso, determinados componentes ou aditivos dos alimentos actuam diretamente sobre os mastócitos, levando‑os a libertar histamina.

• Noutro caso, determinadas substâncias causadoras de sintomas, chamadas "mediadores" (tiramina, serotonina, dopamina, etc.), existem já nos alimentos quando estes são ingeridos.

Sintomas

Os sintomas de alergia alimentar e de intolerância alimentar são, muitas vezes, idênticos e, por isso, frequentemente confundidos.

Clinicamente, os mais importantes sintomas comuns a ambas as situações envolvem a pele, o trato gastrintestinal (sistema digestivo) e o trato respiratório. Adicionalmente, a intolerância alimentar causa, muitas vezes, cefaleias, dores nas articulações, fadiga e mal‑estar geral.

Tratamento

O meio mais eficaz de tratar uma alergia ou uma intolerância alimentares consiste em eliminar da dieta a substância responsável. Porém, isto é mais fácil de dizer do que de fazer.

Primeiro, é necessário identificar a substância. Muito do que hoje em dia comemos é de fabrico industrial; alguns alimentos são complexos e podem conter diversas substâncias causadoras de sintomas.

Em segundo lugar, é necessário excluir essas substâncias da dieta. No entanto, como são tão utilizadas nos alimentos de fabrico industrial modernos, o processo pode revelar‑se muito difícil sem o recurso a um especialista... e a força de vontade para seguir o seu conselho durante anos ou, talvez, a vida inteira.

Se novos hábitos alimentares se demonstram, só por si, insuficientes, a terapêutica farmacológica (medicamentos) pode ser a resposta. Esta terapêutica deve visar:

• Bloquear o efeito prejudicial da histamina;

• ou impedir os mastócitos de libertarem histamina e outros mediadores.

A terapêutica farmacológica ideal deverá atingir estes dois objetivos.

Muitos alimentos vulgares são responsáveis por uma verdadeira reação alérgica ou por uma reação de intolerância alimentar. Alguns alimentos podem, na verdade, provocar reacções alérgicas e reações de intolerância alimentar ao mesmo tempo.

ALIMENTOS QUE PROVOCAM REAÇÕES ALÉRGICAS

os alimentos alergénicos mais comuns são: maças, nozes, tomates, leite, ovos, espinafres, uvas, bananas, amendoins, cacau, mariscos, moluscos, soja, peixe e galinha.

ALIMENTOS QUE PROVOCAM REAÇÕES DE INTOLERÂNCIA

• Os alimentos que atuam diretamente nos mastócitos e provocam libertação de histamina são: chocolate, tomates, espinafres, morangos, ovos, peixe, mariscos, ananás e especiarias (canela).

• Os alimentos que contêm histamina e outros mediadores causadores de sintomas são: chocolate, tomates, espinafres, morangos, mariscos, ruibarbo, queijo, arenque, bananas, cavala, bacalhau, pimenta, nozes, vinho, couve fermentada e atum.

Além disso, muitos alimentos contêm corantes, aromatizantes, conservantes, etc., que podem também causar sintomas de intolerância alimentar. Os corantes são: E 102, E 107, E 110, E 122, E 123, E 124, E 128 e E 15 1. Os aromatizantes são: cinamato (canela), anetol (alcaçuz), baunilha, eugenol (cravinho) e mentol. Os conservantes são: E 2 10, E 219, E 200, E 203. Os antioxidantes são: E 311, E 3 20 e E 32 1. Os aromatizantes são: E 620, E 624, E 626, E 629, E 630 e E633.

FONTE: www.imunoalergologia.com

Alergia Alimentar e Intolerância Alimentar

Qual é a Diferença?

Muitas pessoas confundem alergia alimentar com intolerância alimentar. Se você não sabe o que as diferenciam, leia o texto a seguir e descubra o que acontece em cada uma delas.

A alergia alimentar ocorre quando o sistema de defesa do organismo (sistema imune) acredita que uma substância alimentar inofensiva para o organismo é perigosa. Assim, no instante em que o indivíduo ingere o alimento, o sistema de defesa começa a "bombardear" o corpo com substâncias químicas que causam vários sintomas de alergia (dor abdominal, vômito, diarréia, urticária, asma, tosse) e que podem afetar o sistema respiratório e digestivo, a pele ou o sistema cardiovascular.

Foi observado que o maior número de casos está presente na lactância seguida pela infância e pelos adultos.

Os alimentos freqüentemente envolvidos na alergia alimentar são os que possuem alto teor de proteína, principalmente os de origem vegetal e marinha. Entre os alimentos que apresentaram reações alergênicas encontram-se o milho, arroz, centeio, nozes, camarão, mariscos, peru, carne de porco e bovina, banana, abóbora e batata.

Os principais fatores relacionados à alergia alimentar são: hereditariedade, exposição ao alimento, permeabilidade gastrointestinal e fatores ambientais que podem acentuar os sintomas da alergia.

Na intolerância alimentar ocorre reações adversas que são ocasionadas pelos alimentos, mas que não envolve o sistema de defesa (sistema imune). A intolerância mais comum é a do leite que é provocada pela falta da enzima lactase responsável pela digestão do açúcar presente no leite (lactose). Apesar de apresentarem causas distintas, os sintomas presentes na intolerância alimentar são os semelhantes ao da alergia alimentar.

Entre as substâncias que foram relacionadas com intolerância estão os conservantes, intensificadores de sabor, corantes, antioxidantes, ausência de enzimas.

Para o diagnóstico de alergia ou intolerância alimentar deve ser feito o levantamento do histórico familiar, descrição dos sintomas e o tempo decorrido a partir da ingestão do alimento, lista dos alimentos suspeitos e a quantificação do alimento para o aparecimento dos sintomas; exame físico; diário alimentar e de sintomas; testes bioquímicos e imunológicos, eliminação e de desafio alimentar.

O tratamento da alergia e da maioria das intolerâncias alimentares é com a exclusão dos alimentos causadores ou redução da sua quantidade na dieta. É necessário ler os rótulos dos alimentos com o objetivo de identificar as substâncias alergênicas. Se o alimento for retirado deve-se procurar substituí-lo por outro fornecedor do mesmo nutriente.


http://www1.uol.com.br/cybercook/colunas

FONTE:http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=1702